quarta-feira, 7 de outubro de 2009

RU FORA DA LINHA


Recordação do período de ocupação do Restaurante Universitário, que durou pouco mais de quatro meses, entre setembro de 2008 e janeiro de 2009. Episódio histórico do Movimento Estudantil da UESC em que cerca de 30 estudantes permaneceram acampados no Restaurante Universitário que estava desativado há 3 meses.
Os ocupantes tinham como objetivo sensibilizar os dirigentes da instituição para os problemas enfrentados pelos estudantes oriundos das camadas mais pobres. A pauta de reivindicações cobrava dos gestores da instituição uma política de Assistência Estudantil que contemplasse Restaurante Universitário a custo condizente com o perfil econômico dos estudantes, Residência Universitária, Posto Médico e Creche.
A ocupação foi encerra abruptamente mediante expedição de um mandato de reintegração de posse.
Ainda hoje muitos dos estudantes que fizeram parte da ocupação se esforçam para ajudar a promover mudanças que venham a possibilitar melhores condições de permanência aos estudantes. Acreditamos que nós, estudantes, devemos nos unir e discutir todas as questões referentes ao funcionamento e ao papel da universidade pública na sociedade.
O Movimento Estudantil funciona como uma escola onde, por meio de estudos, discussões e mobilizações, se torna possível a formação de cidadãos mais críticos e participativos. Pessoas que sabem a importância da participação de todos na construção de uma sociedade menos violenta e desumana, e onde não se aceite a maldita exploração que dissemina a miséria e a destruição do planeta.
Por estes motivos ressaltamos a importância do Movimento Estudantil e pedimos para que cada estudante participe da melhor maneira que poder, pois só através da união poderemos ter forças para superar os obstáculos impostos pelos que se beneficiam da violência, da exploração, da miséria. A sociedade é nossa casa e devemos cuidar dela, pois do contrário nunca teremos qualidade de vida.

“Um galo sozinho não tece uma manhã: ele precisará sempre de outros galos. (…) de outros galos que com muitos outros galos se cruzem os fios de sol de seus gritos de galo, para que a manhã, desde uma teia tênue, se vá tecendo, entre todos os galos”.
(João Cabral de Melo Neto)



Saudações!

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